sexta-feira, 1 de abril de 2011

Morrer obstinado...




...este incessante morrer obstinado,
esta morte vivente,
que te retalha, oh Deus,
em tua rigorosa obra
nas rosas, nas pedras,
nos astros indomáveis e na carne que se queima,
como uma fogueira acesa por uma música,
um sonho,
um matiz que atinge o olho.
...e tu, tu próprio, talvez tenha morrido eternidades de eras aí fora,
sem que saibamos a respeito, nos refúgios , migalhas , cinzas de ti;
tu que ainda estás presente,
como um astro imitado por sua própria luz,
uma luz vazia sem astros
que nos alcança,
escondendo sua infinita catástrofe.
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