É uma das assombrações ou deuses das matas, que os índios tinham na conta de demônio das florestas. Era por eles, descrito como um curumim acaboclado como um índio. Além de outros qualificados, era extremamente ágil e trapaceiro. Ninguém lhe passava a perna. Fisicamente era o caboclinho atarracado, com os cabelos vermelhos, os dedos dos pés virados para trás e o calcanhar para a frente. Era por seu turno, o poderoso senhor da caça e da mata. Uma peste, esse anãozinho; quando queria podia ser bondoso, mas quase sempre se voltava contra os caçadores, desenhando trilhas falsas por onde se perdiam. Além de confundir caminhos, faz barulhos assustadores nas florestas, para espantar os homens e prevenir a vida dos bichos. Dizem as más línguas, que ele costuma levar crianças para comer frutas no oco dos paus, sem contudo, lhes fazer nenhum mal. Mas, contam ainda, só faz mal a quem estraga árvores ou mata bicho apenas por prazer. Como vingança, é capaz de transformar-se em caça, com o intuito de atrair homens que atrás dele correm até perder-se no matagal a dentro, no qual se embrenharam. É capaz de pressentir as tempestades que poderam trazer danos às florestas. Então , bate nas árvores para que elas despertem e, assim resistam a fúria dos ventos. Ele é enigmático, mas está sempre aonde sua presença se faz sentir. Aparece sempre montado no líder de uma vara de porcos do mato, trazendo atrás de si outros animais. Seu assobio estridente é motivo bastante para o caçador se apavorar e fugir.
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