Segundo a lenda, no começo do mundo só havia os CAXINAUÁS povoando a terra,
onde sempre era dia, porque o buraco do sol estava aberto.
Mas um velho pajé conseguiu encontrar o buraco onde a noite estava aprisionada
desde a criação do mundo e, usando muita astúcia, conseguiu abri-lo.
Então a noite saiu, a escuridão tomou conta de tudo e os Caxinauás dormiram.
O velho pajé porém, ficou acordado, tentando encontrar na escuridão da noite,
o buraco do sol, para destampá-lo e haver dia novamente,
quando conseguiu, todos acordaram; e a partir daquele momento,
os buracos do sol e da noite passaram a ser permanentemente
guardados por guerreiros da tribo, encarregados de abri-los e fechá-los alternadamente.
Foi assim que começou a haver dia e noite.
Conta ainda a tradição Caxinauá, que a chuva não é raiz do céu,
onde ficam os buracos do sol e da noite, mas do alto do céu,
onde existe uma imensa lagoa.
No fundo dessa lagoa existe um enorme buraco,
que está tapado pelo pé de uma garça gigantesca.
Quando ela tira o pé do buraco, por distração ou para pegar algum peixe,
então começa a chover.
Os Caxinauás também acreditam que os raios são produzidos
por seus antepassados que já morreram e foram para o céu.
Mesmo na vida eterna eles continuam a trabalhar,
usando machados de pedra que, quando resvalam,
abrem fendas nas nuvens,
por onde os raios escapam é vêm cair na terra,
com grande estrondo, que são os trovões.
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